Resenha - Paixão ao Entardecer - Lisa Kleypas
E, embora já tenha frequentado as temporadas londrinas e até feito algum sucesso entre os rapazes, nunca foi seriamente cortejada, tampouco se encantou por nenhum deles. Mas tudo isso pode mudar quando ela se oferece para ajudar uma amiga. A superficial Prudence recebe uma carta de seu pretendente, o capitão Christopher Phelan, que está na frente de batalha. Mas parece que a guerra teve um forte efeito sobre ele, e seu espírito, antes muito vivaz, se tornou bastante denso e sombrio. Prudence não tem a menor intenção de responder, mas Beatrix acha que ele merece uma palavra de apoio – mesmo depois de tê-la chamado de estranha e dito que a jovem é mais adequada aos estábulos do que aos salões. Então começa a escrever para ele e assina com o nome da amiga. Beatrix só não imaginava o poder que as palavras trocadas teriam sobre eles. De volta como um aclamado herói de guerra, Phelan está determinado a se casar com a mulher que ama. Mas antes disso vai ter que descobrir quem ela é.
A história se inicia apresentando a pequena Beatriz (a
caçula da família, agora mulher).
Uma mulher, que passava a maior parte do seu tempo
ao ar livre, cavalgando, passeando pelos bosques e na companhia dos seus
animais (a maioria criaturas órfãs e feridas que necessitavam de cuidados, onde
alguns acabavam como animais de estimação), mas também sonhava em ser amada com
paixão.
E, essa paixão veio de forma inesperada com o nome de
Christopher Phelan (do qual ouvirá ha tempos atrás comentar com um amigo – Aquela garota
Hathaway é uma criatura estranha – Ela é mais adequada aos estábulos do que aos
salões), que como era comum na época sendo o segundo filho de um nobre comprara
uma patente de oficial da cavalaria do Exército e começara como cornet (cuja principal responsabilidade
seria carregar a bandeira do regimento durante as paradas militares), podendo
assim desfrutar do seu tempo bebendo, jogando e se envolvendo em escandalosos
casos de amor, mas o inesperado acontece e Christopher é selecionado a ingressar
na Brigada dos Rifles, onde seria obrigado a assumir a frente da linha de combate na guerra contra os russos.
O que o torna inadequado para a sua melhor amiga Prudence já
que o mesmo poderia não retornar “inteiro” da guerra e, não queria se
comprometer respondendo suas cartas.
Mesmo sendo contra seus princípios Beatriz com a compaixão
que tem sobre qualquer “criatura” assumi o “dever” de sua amiga e se vê envolvida
nessa “relação” muito mais do que imaginava, porém em um determinado ponto
resolve que é hora de colocar um ponto final nessa mentira e em sua última
carta, declara.
“Não posso mais escrever para você.
Não sou quem acha que sou.
Não tinha a intenção de enviar as cartas de amor, mas foi
isso que elas se tornaram. No caminho até você, as palavras se transformaram
nas batidas do meu coração gravadas em papel.
Volte, por favor, volte para casa e descubra quem sou”. Pág. 38
Christopher volta como herói de guerra trazendo consigo os horrores
dela e um grande sentimento de culpa, porém tenta seguir em frente com seus
compromissos sociais, de negócios e ver Prudence (a mulher que amava), mas
descobre que não era ela que se comunicava com ele então quem seria a mulher
que fez com que tivesse forças para lutar e voltar para casa...
Através do contato que inicia com a família de Beatriz
descobre ser ela essa mulher, mas apesar de seu ódio por ser enganado e querer fazê-la sofrer descobre uma mulher “diferente” do que achava adequado, porém
seu espírito livre e apaixonante o levaram a reconsiderar essa ideia e torná-la
sua.
Quando há um livro que quero muito ler e consigo tê-lo em
minhas mãos é impossível não “devorá-lo” de uma vez, porém em Paixão ao Entardecer segurei essa ansiedade e sua leitura foi o mais devagar possível
para não ter que me “despedir" tão rapidamente dessa família nada
tradicional, disfuncional, mas que gostaria de ter como amigos.
A participação dos queridos Hathaways nesse último volume
da série não seria diferente: divertida, protetora e natural. Cam (“meu” eterno
sábio cigano), Léo (irreverente), Merripen (está bem mais
“relaxado”), Amélia, Catherine e Win (encantadoras, como sempre). Senti falta
da Poppy e do Harry mais amei “conhecer” o pequeno Rye de quatro anos e meio
(filho de Amélia e Cam)...
Série Os Hathaways
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